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Entrevista à Santa Casa da Misericórdia do Louriçal
Entrevista à Santa Casa da Misericórdia do Louriçal

A Gescar está a desenvolver um ciclo de entrevistas dedicado à comunidade pretendendo, desta forma, dar o seu pequeno contributo para a maior divulgação de várias organizações e instituições que contribuem decisivamente para o bem-estar comum.

Para dar continuidade a este projeto, hoje vamos entrevistar um dos nossos clientes que dispensa grandes apresentações, e que há muitos anos tem marcado a vida solidária do concelho de Pombal, a Santa Casa da Misericórdia do Louriçal.

Apresentação do Convidado

A Irmandade da Misericórdia do Louriçal, também denominada Santa Casa da Misericórdia do Louriçal é uma Instituição Particular de Solidariedade Social. Fundada no séc. XVIII, segundo os registos existentes, foi em 1995 que a sua atividade teve um impulso maior, junto dos mais idosos e desfavorecidos. Quando entrou em funcionamento a primeira resposta social, nomeadamente, o Serviço de Apoio Domiciliário, com capacidade para 42 utentes.

Tem por objetivo o desenvolvimento e a prestação de serviços na área social, nomeadamente junto da população idosa.

Sentindo necessidade de dar uma resposta mais adequada e eficiente à população, bem como responder ao número crescentes de situações de isolamento, ausência de apoio familiar, ao aumento da esperança de vida e, consequentemente, maior número de idosos dependentes e grandes dependentes, a Santa Casa avançou com a construção de um Lar para idosos, bem como, deu também início à resposta social Centro de Dia.

A funcionar desde 1998, o Lar de idosos conta com uma capacidade de 45 utentes e o Centro de Dia com capacidade para 30 utentes.

Oferece ainda outros serviços para a terceira idade como animação sociocultural, fisioterapia e psicologia.

Connosco temos a Drª Mafalda, Diretora Técnica da Misericórdia do Louriçal, a quem desde já agradecemos por ter aceite o nosso convite.

 

Entrevista

Antes de mais, gostaria de lhe perguntar como define o trabalho da Instituição e de que forma este impacta com a comunidade?

A Santa Casa da Misericórdia do Louriçal é das Instituições que mais emprega na freguesia do Louriçal. E, por outro lado, como somos a única IPSS que existe e que atua ao nível da 3ª idade, consideramos que trazemos uma mais valia à comunidade, principalmente aos nossos idosos e às suas famílias.

Damos resposta a um grande número de pedidos e necessidades que, se não fosse a Santa Casa da Misericórdia inserida nesta comunidade, dificilmente teriam outro tipo de apoio.

É do conhecimento geral, as extensas filas de espera para a admissão nestas instituições. Na sua opinião, que soluções deveriam ser adotadas para mitigar este problema?

No nosso caso, a primeira ideia que nos vem à cabeça, no que diz respeito a soluções a serem adotadas, é o alargamento do lar e o aumento do número de camas disponíveis, tendo em conta que temos 90 pessoas em fila de espera.

Considero que, no futuro, as instituições têm que apostar mais em serviços de apoio domiciliário e centro de dia. Ou seja, deveria existir um serviço de apoio domiciliário mais extenso e individualizado, embora não tenhamos só os serviços mais básicos, mas mesmo assim considero pouco. Se a família estiver em casa, que é aquilo que se preconiza, com o nosso serviço mais alargado não iria ser necessário, em muitas das situações que temos aqui, recorrer à institucionalização. Ao nível do SAD, terá que ser uma grande aposta no futuro.

Assim, para existir essa aposta são necessários mais apoios à Instituição, porque será preciso mais pessoal e, consequentemente, mais ordenados e material, e tudo isto acarreta grandes custos, de forma que teria que haver mais investimento.

 

Quais as principais dificuldades que identifica no quotidiano do funcionamento da Instituição?

Neste momento, uma das grandes dificuldades que as instituições estão a enfrentar é ao nível do recrutamento de pessoal, visto que não existe pessoas para trabalhar. Sendo que, os que entram muitas das vezes estão apenas alguns dias e acabam por ir embora, e não têm qualquer conhecimento ou formação na área. Esta é de facto a maior dificuldade que enfrentamos atualmente.

Aliás, o facto de estarmos localizados num meio rural, numa freguesia mais distante dos centros urbanos, a maioria das pessoas não se deslocam 20/30km para ir trabalhar.

Sendo que, por outro lado, os ordenados são baixos, o tipo de trabalho não é fácil, é muito exigente a nível físico e psicológico e as tabelas têm valores muito baixos.

Adicionalmente a tudo isto, o tipo de utentes que temos hoje são cada vez mais exigentes, principalmente ao nível da alimentação e dos cuidados.

Assim, é necessário repensar na filosofia do lar em si, porque acordar todos na mesma altura e comerem todos à mesma hora, já começa a não acontecer. Essa linha vai ter que ser repensada no futuro.

 

Está muito em voga o conceito do investidor social onde empresas assumem o papel de parceiros no desenvolvimento de projetos de cariz social, geralmente, com contrapartidas de natureza fiscal. Como vê este modelo de parceria?

Considero um conceito bastante interessante, vemos que as empresas estão a focar-se, cada vez mais, nas áreas da responsabilidade social. Seja com apoios ou financiamentos, acaba por ser um benefício mútuo porque damos visibilidade às empresas e elas dão-nos o mesmo a nós. Portanto, considero uma parceria bastante atrativa que no futuro vai trazer mais valia a todos.

Já tivemos empresas que nos apoiaram, em termos de visibilidade, na divulgação das nossas atividades e aquilo que fazemos. E, este tipo de ações, é muito positivo e essencial, sendo que, outrora as instituições estavam de tal maneira fechadas em si que ninguém sabia o que fazíamos ou qual era o nosso trabalho. E, hoje em dia, a divulgação também é bastante importante.

 

As doações e donativos são significativos ou estão a cair em desuso? E, de que forma as pessoas podem ajudar/apoiar a Instituição?

Estão a cair em desuso e aquelas que existiram foram muito pontuais, isto é, houve pessoas a doar a sua casa ou um bem, embora isso acontecesse de forma muito esporádica.

O mais importante é que, quando criamos um projeto e o divulgamos, as pessoas efetivamente apoiam esse projeto.

 

A Instituição conta com muitos voluntários? Como funciona a captação dos mesmos?

Não temos uma estrutura montada para esse efeito, mas quem vier é sempre bem-vindo. Temos um grupo de voluntárias que vem cá 1 vez por mês rezar o terço e realizar atividades com os idosos. E, temos outro grupo de voluntários mais pontuais para as atividades específicas do verão ou do natal.

É frequente ouvir-se dizer que as entidades da economia social são pagas pela Segurança Social para fazer caridade. Quer explicar-nos melhor como se desenrola este processo? Sabemos também que a Segurança Social participa com um determinado montante, mas mesmo assim as instituições são obrigadas a cobrar uma parte ao utente. A questão que se coloca é se esses dois valores somados são suficientes para dar sustentabilidade à Instituição?

Não, quem está nesta área sabe bem que não é suficiente até porque a filosofia deste tipo de Instituições, em particular, das Misericórdias é apoiar os mais desfavorecidos. Ora, sabemos que os mais desfavorecidos não têm reformas nem sequer meios para pagar que seja 1/3 da média de custo de um idoso em lar. Se, por um lado, temos o dever de apoiar estas pessoas, por outro lado, se não tivermos alguém que possa de alguma forma contribuir com valores mais altos, tudo isto fica muito limitado em termos de orçamentos, atividades, ou seja, afeta tudo aquilo em que possamos querer investir. No fundo, tem que haver alguém com maiores rendimentos para contrabalançar com alguém com menos possibilidades, no entanto, o orçamento é sempre limitado.

No entanto, não lhe chamemos fazer caridade, a nossa atuação não pode ser ao nível da caridade, somos profissionais, exercemos uma profissão, temos responsabilidades, trata-se de um trabalho estruturado que desenvolvemos aqui na freguesia. Neste caso, a palavra caridade não se aplica.

Temos que ter uma boa gestão do dinheiro que sobra das mensalidades dos utentes e do apoio da Segurança Social. No fundo, como não há donativos é a nossa própria capacidade de gestão e orientação que nos faz não passar dificuldades e, neste momento.

 

Atualmente, quais são os planos futuros da Instituição? Há algum projeto ou ação que a IPSS esteja a planear ou que já esteja em curso?

Desde há uns tempos para cá, quando surgiu a questão do PRR (Plano de Recuperação e Resiliência), avançámos com a candidatura ao alargamento do lar, uma vez que temos espaço para isso, o qual está em stand by. Sendo que, não está fora de questão, mas também não avançámos porque eram necessários muitos itens e especificidades e não conseguimos reunir, junto dos projetos de especialização e arquitetura, em tempo útil tudo o que era necessário.

 

Se tivesse oportunidade de gerir a pasta da Solidariedade Social com orçamento ilimitado, quais as medidas prioritárias que tomaria?

Seria fundamental adotar duas medidas. A primeira, seria o aumento do número de camas, o país está a envelhecer e não há qualquer resposta, temos mais pessoas em lista de espera do que aquelas que temos cá efetivamente. E, em segundo, alargaria o serviço de apoio domiciliário aos idosos, seria importante investir mais nessa área de modo a que não houvesse tanto pedido de internamento e institucionalização.

Qual a mensagem que gostaria de transmitir às pessoas e empresas da comunidade?

A Santa Casa da Misericórdia do Louriçal desenvolve um ótimo trabalho, é uma instituição de referência ao nível do concelho.

Os apoios que recebemos são sempre bem-vindos, nós, sempre que possível, também apoiamos a comunidade. É uma relação de reciprocidade.

Estamos no mercado há muitos anos e, neste momento, temos pessoas a pedir-nos apoio, que na época em que a Santa Casa abriu portas, vinha pedir apoio para familiares. Uma 2ª e 3ª geração de pessoas.

É evidente que os idosos e as suas famílias estão cada vez mais exigentes, sendo que, nem sempre o nosso entendimento vai ao encontro do entendimento da família e temos que contornar essas situações. O tipo de utente mudou, e a instituição tem que se readaptar e tentar ir ao encontro das necessidades de cada um.

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Organizações que respiram: Entrevista à APRAP
Entrevista à Associação de Pensionistas, Reformados e Aposentados de Pombal (APRAP)

Para dar continuidade ao nosso projeto “Organizações que respiram”, dando o nosso contributo para uma maior divulgação das organizações e instituições que contribuem decisivamente para o bem-estar comum, hoje, decidimos falar com uma das organizações com uma intervenção indiscutível no envelhecimento ativo do concelho de Pombal, a Associação de Pensionistas, Reformados e Aposentados de Pombal (APRAP).

 

Apresentação do Convidado

A APRAP nasceu da vontade de um pequeno grupo de pessoas amigas, que após a passagem à reforma, sentiram necessidade de ocupar o seu tempo levando por diante algumas iniciativas de âmbito cultural e social.

Assim, em 1998, surgiu a APRAP sendo um espaço onde estes amigos se reuniam, onde conviviam, organizavam algumas atividades culturais, passeios e também participavam em encontros com outros seniores, conseguindo assim combater a solidão, o isolamento, promover a integração social, criar novas amizades, promover a autonomia fomentando um envelhecimento ativo e saudável.

A APRAP é uma Instituição Particular de Solidariedade Social que desenvolve atividades de apoio à população idosa, nomeadamente Centro de Dia (CD), Centro de Convívio (CC), Universidade Sénior (US) e Serviço de Apoio Domiciliário (SAD). Considerando a evolução demográfica da freguesia de Pombal, o SAD tem vindo a ter cada vez maior solicitação, porém, existe ainda uma parte da população que não possui condições financeiras para aceder a este serviço.

É uma instituição de referência na nossa freguesia, pela sua caminhada, pela luta diária na procura constante de respostas, na tentativa de lutar e contrariar alguns obstáculos que encontra ao longo do seu caminho.

Connosco temos o Presidente Vítor Frade e a Diretora Técnica Susana Junqueira a quem desde já agradecemos por terem aceite o nosso convite.

Entrevista

Gescar: Antes de mais, gostaria de perguntar ao Presidente como define o trabalho da Instituição a que preside e de que forma este impacta com a comunidade?

APRAP: O nosso trabalho na APRAP passa por receber os utentes, tratá-los com dignidade e oferecer as melhores condições possíveis. No fundo, posso dizer que estamos a praticar um bem-estar social e tentamos ao máximo e dentro das nossas possibilidades melhorar todos os dias, de forma a irmos ao encontro das necessidades dos nossos utentes.

 

Gescar: Uma das valências da APRAP é a Universidade Sénior, podem explicar-nos em que consiste a mesma?

APRAP: A Universidade Sénior de Pombal, nasceu em 2007, sendo que o objetivo da mesma passa por oferecer uma resposta socioeducativa, de ensino, de cultura, convívio e de desenvolvimento social para uma faixa etária acima dos 55 anos.

Basicamente, a Universidade é vocacionada para a ocupação de tempos livres dos indivíduos que se sintam motivados para a aprendizagem constante de diversas matérias teóricas e práticas, adquirindo conhecimentos em múltiplas áreas, como: línguas, artes, ciências sociais, saúde, informática, música, internet, dança, ioga, tendo ainda a oportunidade de participação em atividades como o Coro da USP, ginástica, conferências, visitas de estudo, entre outras atividades.

Este projeto reúne centenas de alunos e destina-se a todos os pombalenses com mais de 55 anos, que se encontrem em situação de reforma, desemprego ou ainda no mercado de trabalho, desde que reúnam condições de aptidão física e psíquica adequadas às atividades a que se propõem. Assim, o nosso propósito passa por combater a solidão, o isolamento e a exclusão social, de forma a proporcionar melhor qualidade de vida e bem-estar na comunidade sénior do concelho de Pombal.

Atualmente, temos uma recetividade muito grande, sendo que, o ano passado tivemos à volta de 170 inscrições.

Para ministrar as disciplinas e atividades que disponibilizamos aos nossos alunos, a USP tem ao seu dispor vários docentes que, na sua grande maioria, se encontram em regime de voluntariado.

As aulas decorrem de segunda a sexta-feira entre as 14h e as 18h e, por norma, decorrem na universidade sénior ou no centro escolar.

 

Gescar: Quais as principais dificuldades que identifica no quotidiano do funcionamento da Instituição?

APRAP: A principal dificuldade da Instituição prende-se com a sua situação financeira. O facto de não determos acordo de cooperação com a Segurança Social para o apoio domiciliário, isto é, não termos comparticipação (ao invés do que acontece com outras IPSS a operar na freguesia de Pombal) dificulta bastante a nossa situação, refletindo-se no reduzido número de utentes e no modo como conseguimos fazer face aos custos da atividade.

As Instituições que possuem acordo de cooperação com a segurança social conseguem trabalhar de outra forma, através do subsídio que recebem do Estado praticam preços que permitem ganhar mais por utente com gastos semelhantes aos nossos. Em consequência atraem um maior número de utentes beneficiando da diluição da parte dos custos que é fixa em função do número de utentes servidos. Na APRAP temos um valor fixo para a prestação dos nossos serviços, independentemente, se o utente tem recursos económicos ou não, o que faz com que a maior parte das pessoas que necessitam do serviço não consigam independentemente da qualidade oferecida aceitar a nossa proposta.

 

Gescar: Na vossa opinião qual considera que seria a solução para atenuar este problema?

APRAP: A solução passa por conseguirmos ter acordo de cooperação com a Segurança Social, visto que trabalhamos de forma semelhante aos nossos concorrentes. Os utentes poderiam fazer as suas escolhas sem restrições e, neste caso, colmataríamos uma boa parte do nosso problema.

No entanto, já realizámos candidatura à Segurança Social, neste caso ao PROCOOP, mas não fomos contemplados, há sempre alguém que fica para trás, visto que há mais procura do que oferta.

 

Gescar: Como é que a Instituição gera as suas receitas?

APRAP: A Instituição gera as receitas através das quotas dos sócios (que não são muitas), com as avenças dos utentes e através de algumas atividades que realizamos ao longo do ano. No entanto, o lucro que obtemos é irrisório.

 

Gescar: A Instituição conta com voluntários? Como funciona a captação dos mesmos?

APRAP: Basicamente, apenas a USP conta com voluntários. Ou seja, as restantes valências que dispomos não se mostram ser muito apelativas para o voluntariado, normalmente, as pessoas preferem fazer voluntariado na área da infância.

 

Gescar: O que diriam a uma pessoa que pretenda ser voluntária na Instituição?

APRAP: Caso tenham interesse em realizar voluntariado na APRAP, informamos que ao nível do centro de dia, estamos abertos nos dias úteis das 9h às 18h. Neste momento, necessitamos de voluntários, principalmente, para a área de animação, que é onde temos mais carência, sendo que os restantes serviços diários estão assegurados.

No entanto, mesmo que tivéssemos um animador, vir alguém reforçar esta área será sempre uma mais valia para os nossos utentes, para acompanhá-los no dia-a-dia, fazer atividades com eles, levá-los a passear, entre outras. Assim, caso tenham interesse não hesitem em nos contactar ou venham ter connosco às nossas instalações, estamos recetivos para receber qualquer tipo de apoio, qualquer ajuda é sempre bem-vinda.

 

Gescar: Referiram que uma percentagem das receitas advém das quotas dos sócios, como se desenrola a captação dos mesmos?

APRAP: A captação de sócios é feita, principalmente, através do boca-a-boca e nas nossas redes sociais, no entanto, o nosso leque de sócios ainda é escasso e ambicionamos alargar o mesmo. Ou seja, um dos nossos planos futuros será oferecer aos nossos sócios ainda mais vantagens, principalmente, através de parcerias com outras entidades.

Importa referir que, uma das vantagens dos nossos sócios é que têm prioridade no acesso a qualquer uma das nossas respostas sociais.

 

Gescar: Quais os planos futuros da Instituição? Há algum projeto ou ação que estejam a planear ou que já esteja em curso?

APRAP: Nós intenções temos boas, no entanto, sem capacidade financeira torna-se difícil colocar ideias e ações em curso. No entanto, gostaríamos de oferecer outro tipo de atividades aos nossos utentes, nomeadamente, na área da animação.

 

Gescar: Se tivessem oportunidade de gerir a pasta da Solidariedade Social com orçamento ilimitado, quais as medidas prioritárias que tomaria?

Vitor: Contrataria alguém para ficar responsável em perceber junto das Instituições quais os principais problemas existentes e que afetam o bom funcionamento das mesmas, para apoiar o combate aos mesmos. Considero que é crucial ter uma base financeira sólida e sustentável para conseguirmos progredir.

Susana: Se eu tivesse o poder sobre a tutela tentaria capacitar mais as Instituições ao nível das respostas sociais voltadas para o envelhecimento ativo e para o apoio às famílias. Isto, porque considero que as famílias neste momento têm carência de apoio social e acho que as Instituições são as respostas que o Estado criou para estar mais próximo das famílias. Por outro lado, há carência de apoios voltados para o envelhecimento ativo, à semelhança das Universidades Seniores, deveriam ser criadas respostas mais dinâmicas que mantivessem as pessoas nos seus domicílios. Para isso, seria importante personalizar melhor o apoio domiciliário com uma equipa técnica, mais capaz de acompanhar as pessoas nas suas casas, sendo que deveriam ser equipas mais multidisciplinares, com mais técnica ao nível da fisioterapia, da psicologia, assistentes sociais, que acompanhassem diariamente as pessoas nos seus domicílios de forma a retardar a ida das mesmas para as instituições.

 

Gescar: Qual a mensagem que gostaria de transmitir às pessoas e empresas da comunidade?

APRAP:  Na minha opinião, há um desinteresse muito grande por parte da sociedade civil, por questões relacionadas com o envelhecimento. Neste momento, existem imensas coisas antigas que estão na moda como carros antigos, mas não os idosos. As pessoas não estão muito recetivas a esta faixa etária e aos problemas adjacentes a ela. Importa referir que, qualquer um de nós tem ou vai ter um idoso em casa e não há familiaridade com as questões que o envelhecimento traz, designadamente, a dependência. A comunidade deveria preocupar-se mais com esta questão e com as Instituições que cuidam dos idosos, porque “amanhã” vão precisar delas. Há alguns anos atrás, cheguei a dar formação na Gescar e havia algumas formandas que estavam lá porque um dia iam ter os pais mais idosos e iriam precisar de conhecer a temática para melhor poderem cuidar. No dia a dia nós estamos muito voltados para a parte material, para as férias, para a qualidade de vida, mas sem os idosos. Deveríamos preocuparmo-nos mais com a questão da integração dos idosos, por exemplo, ir de férias e levar o idoso, ir buscá-los ao centro de dia e levá-los a passear, isto é importante, e a forma de pensar devia de mudar.

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28 de Julho, 2023
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Organizações que respiram: Entrevista à Santa Casa da Misericórdia de Pombal
Entrevista à Santa Casa da Misericórdia de Pombal

 

A Gescar inicia hoje um ciclo de entrevistas dedicado à comunidade pretendendo, desta forma, dar o seu pequeno contributo para a maior divulgação de várias organizações e instituições que ao longo da sua existência, muitas vezes, de forma abnegada e silenciosa contribuem decisivamente para o bem-estar comum.

Decidimos começar por um dos nossos clientes que dispensa apresentações, mas que de forma indelével de há muitos anos a esta parte tem marcado a vida solidária do concelho de Pombal, a Santa Casa da Misericórdia de Pombal.

 

Apresentação do Convidado

A Santa Casa da Misericórdia de Pombal, é uma Instituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sem fins lucrativos que presta apoio à população sénior e à infância através das várias valências que gere, substituindo em grande medida o Estado no seu papel Social junto dos cidadãos, nomeadamente, os mais desfavorecidos.

Com uma existência de mais de 400 anos mantém-se fiel na defesa dos seus valores e princípios, bem expressos nos seus objetivos, na sua atuação e no sentido da dádiva aos outros, com abnegação e caridade.

A Santa Casa da Misericórdia é a instituição mais antiga de Pombal, servindo os pombalenses desde o século XVI.

Atualmente, apoia diretamente cerca de 120 crianças e 200 idosos e possui um quadro de pessoal com cerca de 125 colaboradores.

A Santa Casa da Misericordia de Pombal promove de uma forma solidária a qualidade de vida dos seus utentes integrados nas várias respostas sociais (lar de idosos, centro de dia, serviço de apoio domiciliário, creche e pré-escolar).

A Instituição conta com 3 edifícios, nomeadamente, o Lar Rainha Santa Isabel onde se encontram as valências de Lar Residencial, Centro de Dia e Serviço de Apoio Domiciliário, a Casa da Criança de Pombal com as valências de Creche e Pré-escolar e, por último, a Residência Sénior Senhora do Cardal.

É também proprietária do edifício onde está instalado o Hospital Distrital de Pombal, que está arrendado ao Estado.

Assume como missão a integridade, respeitabilidade e a satisfação dos seus utentes e familiares.

Muito agradecemos ao Sr. Provedor Dr. Joaquim Guardado (Prov. J.G.), por ter aceitado o nosso convite e conceder-nos a entrevista que abaixo se transcreve.

 

Sr. Provedor Dr. Joaquim Guardado
Sr. Provedor Dr. Joaquim Guardado

 

Entrevista

Gescar: Para começar, questionamos quais as principais dificuldades que identifica no quotidiano do funcionamento da Instituição?

 Prov. J.G: As nossas referências, tal como as de muitas instituições são a solidariedade, a sustentabilidade, a qualidade e a inovação. A questão passa por conciliar estes 4 pilares com os custos envolvidos no funcionamento das valências que gerimos.

Desde logo, o tema central da sustentabilidade da Instituição depende da comparticipação das despesas por parte do Estado que fixa uma quantia transversal ao território, independentemente das suas características e que se baseia num custo médio por utente. Como é que se encontra um custo médio quando os custos são tão dispares a nível nacional? Como comparamos valores na região das Beiras ou Alentejo com os preços de Lisboa ou do Porto?

Apesar das Instituições protocoladas com a Segurança Social terem uma comparticipação fixada por utente, esta não é suficiente para responder aos requisitos mínimos de qualidade exigidos. Embora esteja prevista uma contribuição complementar por parte do utente em função do seu rendimento, esta muitas vezes, não tem qualquer expressão por serem de reformas muito baixas.

Existe também a comparticipação dos familiares que muitas vezes ajuda a uma maior comparticipação.

As pessoas têm a ideia de que o Estado apoia as Instituições, mas o Estado apoia os utentes. Ou seja, se deixar de haver utentes o Estado deixa de pagar à Instituição.

Em relação à questão da sustentabilidade, outro exemplo é que existem bastantes disparidades, visto que existem pessoas que pagam mais e outras que pagam menos por não terem tantas possibilidades. Infelizmente, a realidade é que se o contributo de alguns utentes com rendimentos superiores não compensar o daqueles que estão financeiramente mais debilitados, a sustentabilidade das Instituições é colocada em causa.

Contudo a Misericórdia no seu espírito de solidariedade tem vários utentes que, por não terem possibilidades económicas para pagar, são recebidos na Misericórdia com o mesmo carinho e atenção. Este é o espírito e papel da Misericordia, de ajudar quem mais precisa.

 

Gescar: Sabemos que a Segurança Social participa com um determinado montante e as instituições cobram outra parte ao utente em função dos seus rendimentos, a questão que se coloca, é se esses dois valores somados são insuficientes para dar sustentabilidade?

Prov. J.G: Por norma, não são suficientes, ou seja, tudo depende da reforma que o utente usufrui. A Comparticipação do Estado é inferior a 50% do custo médio do utente.  Existe um pacto social entre o Estado e as Instituições Sociais (Misericórdias e IPSS) que tem por objetivo atingir a comparticipação do Estado de 50% do custo médio do utente mas este objetivo ainda não foi atingido.

 

Gescar: Como podemos enquadrar a questão do assistencialismo com o aumento gradual da a esperança média de vida?

Prov. J.G: Atualmente, vivemos num cenário em que o tipo de utente que nos procura, ou não tem suporte familiar e não possui condições para estar em casa e, por norma, já está doente. Os lares estão a tornar- se, cada vez mais, lares para doentes dependentes de foro neurológico, como alzheimer, parkinson, sequelas de AVC, entre outras.

E, apesar de não ser obrigatório pelo Estado termos Médico, Fisioterapeutas, Gerontóloga Social, na Santa Casa temos estes profissionais e consideramos fundamental a sua inclusão na Instituição.

Na nossa Instituição, temos uma médica que todas as semanas consulta os utentes e quatro enfermeiras. Como é lógico, tudo isto gera custos adicionais que não são compensados pelas comparticipações do Estado e dos utentes.

A qualidade do serviço que a Misericórdia de Pombal presta deve-se ao facto das pessoas que lá trabalham serem inexcedíveis e estarem imbuídas de um espírito de missão, de ajudar quem precisa e de pensar nos outros. Mais do que as palavras, o importante é a ação!

No caso do Lar Rainha Santa Isabel, existe uma vasta lista de espera e, por outro lado, na Senhora do Cardal a lista de espera é menor. Isto, deve-se ao facto de o Estado não comparticipar os utentes da Senhora do Cardal. Apesar de a nossa candidatura para comparticipação pelo Estado ter sido aprovada, no final vieram-nos informar que não havia verba. Por isso, por agora não haveria comparticipação.

Na freguesia de Pombal só temos duas Instituições apoiadas pelo Estado, nomeadamente, a Misericórdia de Pombal e a Associação da Cumieira, o resto é tudo privado.

 

Lar Rainha Santa Isabel

 

Gescar: É fácil encontrar no mercado pessoal para trabalhar?

 Prov. J.G: Não é fácil! Mas diria que no caso da Misericórdia tem sido um bocadinho mais fácil por uma simples razão, que é o facto de pagarmos ligeiramente acima da tabela salarial e termos alguns benefícios. Por exemplo, há 3 meses abrimos vagas para auxiliar no novo lar e chegaram-nos 74 candidaturas.

 

Gescar: As doações e donativos é uma coisa que está a cair em desuso ou são significativos?

 Prov. J.G: Felizmente, em relação à nossa comunidade local ainda existem algumas pessoas que têm o hábito de ajudar e apoiar quem mais precisa. Temos alguns casos no passado recente de pessoas que fizeram doações de que estamos muito reconhecidos, desde apartamentos e um terreno, curiosamente onde construímos o novo Lar.

Por outro lado, por exemplo, na consignação do IRS, em que as pessoas não têm qualquer custo, recebemos apenas 1.600 euros de comparticipação. Não sendo uma quantia muito elevada, e agradecemos às pessoas que se lembram da Misericórdia.

Na verdade, ainda há quem pense que a Misericórdia é considerada muito rica, existindo a ideia de que as Misericórdias recebem do Euromilhões e do totoloto, o que não é verdade.

É a Misericórdia de Lisboa que gere o dinheiro dos jogos e que devolve esses lucros ao Estado, ou seja, não há qualquer ligação à União das Misericórdias Portuguesas.

Por outro lado, existe também a ideia de que os membros Órgãos Sociais destas Instituições recebem dinheiro pelo seu trabalho. Na Misericórdia de Pombal, nenhum membro dos órgãos sociais aufere qualquer quantia, quer em ajudas de custo quer em ordenado. Somos apenas voluntários.

A gestão da Misericórdia de Pombal deve-se ao empenhamento da Direção, conhecida como Mesa Administrativa e é o Provedor e o Vice-Provedor que estão mais diretamente ligados à gestão, onde procuram orientar, da melhor forma, a Instituição. No fundo, a Instituição tem nos Órgãos Sociais pessoas que quando solicitadas dão todo o seu apoio e trabalho.

 

Residência Sénior Senhora do Cardal
Residência Sénior Senhora do Cardal

 

Gescar: É do conhecimento geral, as extensas filas de espera para a admissão nestas instituições. Na sua opinião, que soluções podem ser adotadas para mitigar este problema?

Prov. J.G: Existe uma grande disparidade face à procura e oferta na área da Infância, mais concretamente, na creche. Para terem uma ideia, o ano passado abrimos apenas 18 vagas e tivemos 74 candidaturas.

Este ano tivemos 98 candidaturas para 17 vagas. Mas   depois, podemos observar que no pré-escolar (dos 3 aos 5 anos), há uma grande diminuição na procura, visto que já existe uma maior oferta devido ao maior investimento que houve neste segmento, particularmente do Município, sendo que, de momento não existem crianças para sustentar toda a oferta que existe nesta faixa etária.

No caso do Lar da Rainha Santa Isabel que, como já referi, se encontra lotado e com lista de espera, cria- se o desconforto de termos que dizer algumas vezes “não haver vaga para integração do utente”. Resposta que nos custa imenso.

Isto é, não podemos simplesmente tentar arranjar mais um lugar, porque somos fiscalizados pela Segurança Social. Não podemos aumentar a lotação definida.

A realidade é que fazemos um esforço em termos de qualidade, de inovação para sermos diferentes, mas como é lógico tudo isto acarreta custos. Portanto, considero que no caso de Pombal deveria haver um forte investimento na área da Infância até aos 3 anos e nos Lares, uma vez que, atualmente, a oferta que existe face há enorme procura é reduzida.

 

Casa da Criança
Casa da Criança

 

Gescar: Como encara a hipótese do apoio de investidores sociais da comunidade, nomeadamente, empresas e outras instituições que possam trazer alguma receita adicional?

Prov. J.G: Tudo isso é exequível! Existe até uma legislação sobre isso mesmo, o Mecenato Social. Isto é, as empresas ao apoiarem entidades que desenvolvam a sua atividade no âmbito do sistema social em benefício de causas sociais, usufruem de uma série de benefícios fiscais. No entanto, não existe uma política proativa, nem sensibilidade por parte das empresas para recorrerem a esta lei.

Falando no panorama geral, a maior parte das Instituições da Europa não têm Misericórdias nem IPSS’s mas sim ONG’s. Aparentemente, existe alguma dificuldade de compreensão por parte da sociedade civil sobre o tema da economia social, sobre o papel destas Instituições, sobre a responsabilidade dos Estados, etc. Certo é que na generalidade dos países o estatuto do voluntário é muito mais valorizado do que em Portugal e esta realidade é também o sintoma da falta de interação dos agentes económicos em geral com os agentes da economia social. Por exemplo, em Inglaterra os CV’s de candidatos que participam em ações de voluntariado são valorizados pelas empresas que recrutam.

Há uns tempos atrás, o Senhor Presidente da República dizia “Porque é que os senhores empresários mais abonados não criam fundações?”. Para termos uma ideia, muitos dos apoios dados às famílias nos incêndios de Pedrogão Grande vieram de fundações europeias; aqui entre nós as fundações não têm a mesma expressão.

 

Gescar: No seu dia-a-dia as instituições estão muito ocupadas deixando para segundo plano a interação com a comunidade, acabando por passar despercebido à população o número de instituições que existem para apoiar. Considera eficaz a comunicação da instituição para o exterior?

Prov. J.G: Não partilho dessa opinião! A Misericórdia de Pombal está na Internet, temos website onde publicamos notícias e nas redes sociais onde publicamos também com regularidade. Divulgamos as nossas atividades da Feira de Artesanato em Pombal e outras.

 

Gescar: Recentemente, foi feito um investimento para Pombal, que tem que ver com a Residência Sénior da Senhora do Cardal. Que projetos há para o futuro?

Prov. J.G: Neste momento, o futuro da Instituição passa por manter o mínimo desafogo financeiro, uma vez que o investimento da Residência Sénior da Senhora do Cardal, não usufruiu de qualquer apoio do Estado nem dos Fundos Comunitários. Ou seja, o único apoio que obtivemos foi da Autarquia no executivo anterior, presidido pelo Dr. Diogo Mateus. Tivemos de contrair um empréstimo junto de uma entidade bancária para suportar o investimento do novo lar da Residência Sénior, e que vai demorar algum tempo a ser liquidado.

Para já está fora de questão, neste momento qualquer investimento de grande dimensão.

Só com apoio financeiro dos Fundos Comunitários ou do próprio Governo é que poderíamos avançar

No entanto, segundo a informação que foi divulgada para futuros investimentos do famoso PT2030, haverá muito pouco apoio destinado à área  social.

Neste momento, só podemos contar com o nosso dinheiro, com a Autarquia e com o apoio  das pessoas que possam ajudar. Só assim é que a Instituição poderia ponderar projetos futuros.

 

Gescar: Tem sido muito comentada a necessidade no concelho de uma unidade de cuidados continuados, não só para servir o concelho, mas até para servir pessoas fora do concelho. Vê alguma viabilidade em haver aqui uma conjugação por parte de várias instituições particulares de solidariedade social, conjuntamente com a Autarquia?

Prov. J.G: As Unidades de Cuidados Continuados têm que ter na minha opinião, uma entidade ligada à área social, não pode ser um consórcio de várias instituições. Outra questão, é o apoio financeiro que o Estado terá que rever, quer na construção dessas unidades, quer na comparticipação dos utentes.

Na minha opinião, temos que pensar que Unidade de Cuidados Continuados deveremos ter, ou UCCI generalistas em que entram todos os tipos de doentes com doenças diferentes, ou pensar em Unidades mais especializadas e caminhar para áreas de atuação com utentes com o mesmo tipo de doença.

Como já referi, considero que é necessário para Pombal uma Unidade de Cuidados Continuados, mas há que rever critérios de financiamento deste tipo de investimentos em relação à comparticipação pública. Entidades que investiram neste tipo de unidades estão a sentir agora alguns dissabores em termos financeiros. Isto, porque a comparticipação do Estado ficou muito aquém das necessidades reais. Portanto, hoje em dia, investimentos de maior dimensão deverão ser perspetivados com cuidado. Para já, a Misericórdia, pretende manter a sua capacidade financeira para estar preparada para possíveis imprevistos.

Ainda em relação à questão da Unidade de Cuidados Continuados, é necessário perceber que, referente à área de influência da ARS Centro, os distritos que têm menos Unidades de Cuidados Continuados

curiosamente são Leiria e Aveiro. Portanto, a ideia de que o litoral não precisa de tantos apoios à construção de equipamentos sociais é contrariada por estas informações.

As UCCI têm que manter uma boa relação com a área social. Porque terminado o tempo do utente numa UCCI, esses utentes são enviados para os lares que tenham condições de o receber. É um trabalho que precisa de algum planeamento.

Outra questão pertinente, é o PT2030 que irá ter apoios essencialmente na área da Saúde. Ou seja, a maior parte das verbas preparadas pelos Fundos Comunitários são para essa área, sendo que seria relevante repensar e discutir estes assuntos em conjunto.

É necessário haver uma ligação entre as áreas social e da saúde, para que estes assuntos sejam discutidos a nível nacional e, para que, as Instituições que estão mais ligadas a estes assuntos falem com o Governo.

 

Gescar: São esses os grandes desafios da solidariedade social? Se tivesse oportunidade de gerir a pasta da Solidariedade Social com orçamento ilimitado, quais as medidas prioritárias que tomaria?

Prov. J.G: Antes de mais, considero que seja crucial compreender que é necessário dar condições às Instituições para que as mesmas consigam ser sustentáveis. É urgente descentralizar para se poder avaliar adequadamente que projetos necessitam realmente de ser apoiados. Isto é, deveria contar-se com a opinião de quem está mais perto do terreno particularmente nos apoios do PRR entre outros.

Por outro lado, além do apoio do Estado é necessário que as Autarquias também financiem as Instituições de caracter social, mas através de regulamentação própria.

 

 Gescar: Para finalizar, qual a mensagem que gostaria de deixar à comunidade pombalense?

 Prov. J.G: Quero afirmar que podem contar sempre com a Misericórdia de Pombal porque somos uma Instituição em que se pode confiar. Estamos ao serviço dos pombalenses há mais de 400 anos e tentaremos fazer sempre tudo o que pudermos dentro das nossas possibilidades. Se podíamos fazer mais? Com certeza, mas muitas vezes a nossa capacidade financeira não o permite fazer, porque tem limites.

Podemos honrar-nos, por hoje, dispormos de dois lares, uma creche e um infantário, com um serviço que se impõe pela sua qualidade, de que todos nós nos podemos orgulhar.

Quero salientar também que o suporte da Misericórdia são os funcionários, não é só o Provedor e a Mesa Administrativa, mas sim os funcionários que estão ao serviço todos os dias, 24h por dia.

Todo esse mérito também pertence aos colaboradores.

Digamos, são eles a mola da imagem da instituição pela sua dedicação e profissionalismo.

Contudo, concluo, referindo que acreditem que poderão contar sempre com a nossa Solidariedade, com o máximo de qualidade nos serviços que prestamos com inovação. O nosso propósito passa por sermos melhores e diferentes todos os dias, ajudar a construir um Pombal e uma Misericórdia de que todos se possam orgulhar.

 

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